Falo sobre este tema depois de ler as declarações e entrevista do Silvio ao jornal 'A Bola'.
Não posso dizer pormenorizadamente aquilo que não conheço a 100% mas julgo haver muita displicência em muitos clubes em Portugal na formação e depois perdem-se bons jogadores como o Silvio, que encaixaria que nem uma luva como lateral neste Benfica.
Com isto penso que a formação no Benfica ainda deixa muito a desejar...
Deixo aqui excertos da entrevista e gostava que comentassem estas declarações.
Apesar de jovem, fará 24 anos em Setembro, tem já um percurso interessante no futebol...
- Comecei no Benfica quando tinha seis anos, o meu pai, que tinha jogado nas camadas jovens do Belenenses e do Sporting, achava que eu tinha jeito e levava-me para os treinos.
- Tinha razão...
- Fiquei no Benfica até ao segundo ano de juniores e ofereceram-me um contrato profissional. Era baixo, mas para mim, que não tinha dinheiro, já era muito. Mas achava que merecia mais, não o assinei porque não o melhoraram e, com 17 anos, tive de sair.
- Ficou por Portugal?
- Decidi ir a uns treinos de captação no Chelsea. Foi uma boa experiência, pois nunca tinha saído de casa. Cresci como pessoa. A seguir fui para o Portsmouth e estive um mês com o Manuel Fernandes, que é meu amigo, mas acabei por não ficar. Regressei a Portugal e como já era tarde a única opção foi jogar na terceira divisão, fui parar ao Atlético do Cacém. Daí passei para o Odivelas, onde fiz uma grande temporada. Fomos a Vila do Conde jogar para a Taça, gostaram de mim e no ano seguinte estava no Rio Ave. Fui feliz lá, gostei do clube, das pessoas e da cidade, mas ao fim de dois anos transferi-me para o Braga, onde fiz uma temporada de sonho, a melhor da minha carreira.
- Sei que passou por um mau bocado...
- É verdade. No meio de tudo, com 12 anos, aconteceu-me a coisa mais triste da minha vida: a morte do meu pai enquanto ele assistia a um dos meus treinos. Custou-me imenso, a mim e à minha família... Ficar sem o homem da casa não é fácil para ninguém e muito menos para crianças. Vimo-nos obrigados a crescer muito mais depressa. Fomos buscar forças onde não as havia, mas todos nos unimos e com grande ajuda do meu tio, que foi o segundo pai, conseguimos ultrapassar tudo. Todos os dias penso no meu pai e só lhe peço que me dê forças para continuar a fazer com que ele se orgulhe de mim.
- Foi o Braga quem mais ganhou consigo...
- Pois foi. Comprou-me por tostões e vendeu-me por milhões. Fez um bom negócio, eu contribuí com o meu trabalho, mas o Braga também me deu a oportunidade de me tornar conhecido graças a um ano que ninguém esperava. Nunca pensei que jogaria a um nível tão alto na Champions e na Liga Europa e que chegaríamos à final. E foi graças a esses jogos europeus que agora estou aqui.
- Quando surgiu o interesse do Atlético Madrid?
- Em Janeiro já se falava que no final da época poderia ser transferido. Não acreditava muito porque nunca pensei que um clube como este pudesse estar interessado em mim. Se até então me sentia motivado, depois de saber disso mais fiquei. Trabalhei para melhorar e fazer com que o que era apenas uma hipótese se tornasse realidade. Foi o maior salto da minha carreira, assinei por cinco anos e espero cumpri-los dando o melhor a este clube.
- Gostaria de voltar um dia ao Benfica?
- Gosto do símbolo do Benfica e do que representa para os seus adeptos, mas não aprecio nada a sua forma de trabalhar. Não aposta nos jovens, não creio que seja um bom clube nesse aspecto, em que até o FC Porto e o Sporting são melhores. O Benfica sempre foi o meu clube, formou-me, passei lá grandes momentos e o pior da minha vida, mas esse sentimento foi-se apagando. Já não é o clube do futebol português que eu apoio, sou do Braga. Quero que ganhe tudo o que puder. E o mesmo desejo para o Rio Ave. Está à vista que o Benfica não aposta nos jovens. Há lá três ou quatro miúdos muito bons mas é tudo para ir embora. Não me entra na cabeça como é que, havendo tantos bons jogadores que saem da formação, nenhum é aproveitado. São todos emprestados e acabam na terceira divisão, como me aconteceu a mim. Muitos deles têm força para se levantarem, eu tive, graças a Deus.
Não posso dizer pormenorizadamente aquilo que não conheço a 100% mas julgo haver muita displicência em muitos clubes em Portugal na formação e depois perdem-se bons jogadores como o Silvio, que encaixaria que nem uma luva como lateral neste Benfica.
Com isto penso que a formação no Benfica ainda deixa muito a desejar...
Deixo aqui excertos da entrevista e gostava que comentassem estas declarações.
Apesar de jovem, fará 24 anos em Setembro, tem já um percurso interessante no futebol...
- Comecei no Benfica quando tinha seis anos, o meu pai, que tinha jogado nas camadas jovens do Belenenses e do Sporting, achava que eu tinha jeito e levava-me para os treinos.
- Tinha razão...
- Fiquei no Benfica até ao segundo ano de juniores e ofereceram-me um contrato profissional. Era baixo, mas para mim, que não tinha dinheiro, já era muito. Mas achava que merecia mais, não o assinei porque não o melhoraram e, com 17 anos, tive de sair.
- Ficou por Portugal?
- Decidi ir a uns treinos de captação no Chelsea. Foi uma boa experiência, pois nunca tinha saído de casa. Cresci como pessoa. A seguir fui para o Portsmouth e estive um mês com o Manuel Fernandes, que é meu amigo, mas acabei por não ficar. Regressei a Portugal e como já era tarde a única opção foi jogar na terceira divisão, fui parar ao Atlético do Cacém. Daí passei para o Odivelas, onde fiz uma grande temporada. Fomos a Vila do Conde jogar para a Taça, gostaram de mim e no ano seguinte estava no Rio Ave. Fui feliz lá, gostei do clube, das pessoas e da cidade, mas ao fim de dois anos transferi-me para o Braga, onde fiz uma temporada de sonho, a melhor da minha carreira.
- Sei que passou por um mau bocado...
- É verdade. No meio de tudo, com 12 anos, aconteceu-me a coisa mais triste da minha vida: a morte do meu pai enquanto ele assistia a um dos meus treinos. Custou-me imenso, a mim e à minha família... Ficar sem o homem da casa não é fácil para ninguém e muito menos para crianças. Vimo-nos obrigados a crescer muito mais depressa. Fomos buscar forças onde não as havia, mas todos nos unimos e com grande ajuda do meu tio, que foi o segundo pai, conseguimos ultrapassar tudo. Todos os dias penso no meu pai e só lhe peço que me dê forças para continuar a fazer com que ele se orgulhe de mim.
- Foi o Braga quem mais ganhou consigo...
- Pois foi. Comprou-me por tostões e vendeu-me por milhões. Fez um bom negócio, eu contribuí com o meu trabalho, mas o Braga também me deu a oportunidade de me tornar conhecido graças a um ano que ninguém esperava. Nunca pensei que jogaria a um nível tão alto na Champions e na Liga Europa e que chegaríamos à final. E foi graças a esses jogos europeus que agora estou aqui.
- Quando surgiu o interesse do Atlético Madrid?
- Em Janeiro já se falava que no final da época poderia ser transferido. Não acreditava muito porque nunca pensei que um clube como este pudesse estar interessado em mim. Se até então me sentia motivado, depois de saber disso mais fiquei. Trabalhei para melhorar e fazer com que o que era apenas uma hipótese se tornasse realidade. Foi o maior salto da minha carreira, assinei por cinco anos e espero cumpri-los dando o melhor a este clube.
- Gostaria de voltar um dia ao Benfica?
- Gosto do símbolo do Benfica e do que representa para os seus adeptos, mas não aprecio nada a sua forma de trabalhar. Não aposta nos jovens, não creio que seja um bom clube nesse aspecto, em que até o FC Porto e o Sporting são melhores. O Benfica sempre foi o meu clube, formou-me, passei lá grandes momentos e o pior da minha vida, mas esse sentimento foi-se apagando. Já não é o clube do futebol português que eu apoio, sou do Braga. Quero que ganhe tudo o que puder. E o mesmo desejo para o Rio Ave. Está à vista que o Benfica não aposta nos jovens. Há lá três ou quatro miúdos muito bons mas é tudo para ir embora. Não me entra na cabeça como é que, havendo tantos bons jogadores que saem da formação, nenhum é aproveitado. São todos emprestados e acabam na terceira divisão, como me aconteceu a mim. Muitos deles têm força para se levantarem, eu tive, graças a Deus.
Pois para mim estas declarações espelham o sentimento de quem passou pelo clube.
ResponderEliminarE não é a primeira vez que se ouve de um jogador que tenha passado pelo Benfica este tipo de declarações.
Logo, leva-me a concluir que o Benfica não acarinha, não protege, não cativa quem lá passa.
Principalmente os jogadores formados no Benfica...
O Sílvio é um dos muitos exemplos dos amargos de boca que a formação muitas vezes provoca a quem a proporciona. Edgar, Hugo Leal, Maniche, Manuel Fernandes, Miguel....todos eles, e outros, protagonizaram ingratidão ou despeito ao clube que os formou como futebolistas de relevo.
ResponderEliminarSílvio aproveita a circunstância favorável para vingar o seu despeito pelo facto de o Benfica não ter cedido à sua contraproposta. Não aceita que aquele, impossibilitado de acolher na sua equipa principal todos os atletas que forma aja conforme a sua avaliação.
É fraco e não respeita os direitos alheios. E também é hipócrita pois demonstrou que não tem contemplações quando estão os seus interesses em jogo. Não tem condições para dar lições de ética ao Benfica.
Eu vi como a equipa técnica, colegas e adeptos acarinharam o Hugo Leal - qual florzinha de estufa - quando, ainda júnior, começou a despontar na equipa principal. Todos cheios de esperança no atleta da formação das escolas do Benfica; na futura "estrela" do futebol nacional. O orgulho de todos nós! Perante a cobiça alheia não hesitou em todos defraudar apunhalando vilmente o nosso querido clube!
E ainda tem este Sílvio o desplante de apontar o dedo ao Benfica quando também lhe virou as costas,apenas para um clube maids pequeno. A falta de coragem que demonstrou em lutar por um lugar no plantel nunca o impediria de reconhecer gratidão ao Benfica, se fosse possuidor de bom caráter.
Eheheh......
ResponderEliminarAqui o 16 vê nele uma referencia do Benfica!!!
Pelo menos lês-te a entrevista???
Engraçado que ao Luisão queres-lhe a braçadeira por querer mais dinheiro!!!
Haja pachorra!!
Muitos de vocês falam destes assuntos sem conhecimento de causa....
ResponderEliminarAnónimo das 20:09,
Alguém falou em referência??? E lê bem o que se escreve aqui, ninguém quer a braçadeira do Luisão por querer mais dinheiro, mas sim por DESRESPEITAR os sócios e adeptos do Benfica. Se tu não te sentiste desrespeitado, eu e muita gente se sentiu!!
António Barreto, dá-me a tua capacidade de escrever tudo aquilo que eu penso! Está lá tudo, no teu comentário.
ResponderEliminarFrustrado, ressabiado, pessoa mal formada é o que o Silviozito é. Ou foi naquilo que o tornaram as más companhias de Salvador e tutti quanti...
E já agora: o gajo é bom jogador desde quando?
Manuela; o que é importante é mantermos a lucidez dos valores que defendemos e, sem prejuízo da capacidade crítica,não nos deixarmos "intoxicar" pelo "paleio" dos muitos patetas e patifes que por aí proliferam, em particular na área do futebol.
ResponderEliminarViva o nosso Benfica!
esse de jogadorzeco tambem cantava SLB,SLB,SLB,voces sabem o resto!!!!
ResponderEliminaresse jodadorzeco tambem era dos cantava SLB,SLB,SLB,voces sabem o resto!!!
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