sábado, 12 de março de 2011

O anti-benfiquismo está bem vivo

O clima de ódio que o Benfica sentiu no Estádio AXA deve envergonhar os responsáveis do Futebol português. A grandeza do “Glorioso” é demasiada para aqueles que nunca deixarão de ser pequenos.

A deslocação do Benfica, na última jornada do Campeonato Nacional a Braga, para defrontar o Sporting local, marcou mais um triste episódio no Futebol português. O clima hostil com que a comitiva e equipa “encarnada” foi recebida na cidade de Braga não deve passar despercebida aos mais distraídos, num Futebol português em que o factor Anti-Benfica demonstra que está cada vez mais assente em certos campos.

Ao contrário do que acontece no Estádio da Luz, em que para além da normal rivalidade entre clubes, o Benfica sempre se honrou em receber bem os seus adversários, é triste que, em pleno 2011, se assista a um “grupo de jagunços” que pretende continuar a cimentar a guerrilha Norte-Sul que por esta altura já devia ter sido erradicada.

Em sintonia com os tristes acontecimentos que marcaram as últimas deslocações do Benfica ao Estádio do Dragão, os nossos atletas foram recebidos no Estádio AXA com arremesso de vários objectos. As imagens televisivas foram claras em dois lances, com Cardozo e Carlos Martins a serem atingidos por uma bola de golfe e uma pulseira, respectivamente, tendo de ser assistidos.

Este é o clima de hostilidade que o Benfica vive no Futebol português há quase três décadas, fomentado por quem sempre quis vencer a todo o custo e para quem os meios justificam os fins. O dia 17 de Abril de 1982 ficará sempre marcado como o início da história mais negra do Desporto nacional, com a tomada de posse do primeiro mandato de Jorge Nuno Pinto da Costa.

Cedo a dupla de Pinto da Costa – José Maria Pedroto inflamou o ódio do Porto em relação ao Benfica e a Lisboa. Os campeonatos começaram a ser realizados em circunstâncias envoltas em polémicas, com maior vigor desde 1985. O “Sistema” nasceu e, década a década, foi criando condições de privilégio ao FC Porto a quem o mérito pelas vitórias esteve sempre assente em decisões fora dos campos.

Texto: José Pedro Verças e Marco Rebelo

in Jornal 'O Benfica'

2 comentários:

  1. O pior é que, não só não envergonha certa gente, como ainda os deixa visivelmente felizes e realizados.

    Basta ver as declarações completamente irresponsáveis de alguém que supostamente devia ter grandes responsabilidades - Mesquita Machado.

    BENFICA SEMPRE!!

    Cumprimentos

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  2. alvo de emboscada no Porto (Rui Gomes da Silva, vice-presidente do Benfica para a área institucional e administrador da SAD encarnada, foi ontem agredido à saída de um restaurante na Foz, no Porto, após ter almoçado, na companhia da sua esposa, com o presidente da Câmara Municipal da Paredes, Celso Ferreira, e também com a mulher do autarca.

    O incidente aconteceu à saída do restaurante, quando dois encapuçados agrediram o dirigente encarnado, que ficou sem reacção e perplexo como o sucedido, tal como os seus acompanhantes.

    «Foi tudo muito rápido. Estávamos a sair de um restaurante, na Foz, quando dois indivíduos me atacaram e agrediram, gritando 'isto é para aprenderes a não dizer mal do FC Porto'. É lamentável que se chegue a este tipo de situações», confirmou Rui Gomes da Silva a A BOLA, surpreso.

    O vice-presidente e administrador do Benfica, de 52 anos, natural da freguesia de Santo Ildefonso, no Porto, deslocara-se ao Norte por questões profissionais, relacionadas com o seu escritório de advocacia, que tem uma delegação em plena Invicta.

    Aproveitou para confraternizar, num dos restaurantes da moda, na zona da Foz, almoçando com o presidente da Câmara Municipal de Paredes, de quem é amigo de longa data. No mesmo local almoçavam, também, Fernando Gomes, ex-presidente da Câmara do Porto e actual administrador executivo da Galp, e ainda André Villas Boas, treinador do FC Porto, que, de resto, até cumprimentou, à saída, o dirigente encarnado.

    Dois a agredir, um a controlar
    Celso Ferreira, edil de Paredes, foi testemunha do incidente e descreveu a A BOLA como tudo se passou: «Quando saímos do restaurante Shis, na Foz, fomos subitamente surpreendidos por dois indivíduos, que deram um soco no Rui dizendo que era a paga pelos comentários que fazia na TV. Segundo me disseram, estava uma terceira pessoa dentro de um carro, a controlar tudo o que se passava. Foi, claramente, uma emboscada dirigida a Rui Gomes da Silva, de quem sou amigo de longa data. Foi tudo muito rápido: agrediram-no e fugiram».

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