sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Julian Weigl

 

Podemos resumir o Futebol, as suas análises e suas paixões em Julian Weigl

Num ápice transforma-se um internacional alemão, com mais de 100 jogos no campeonato alemão e dezenas de jogos na Champions num jogador fraco e sem qualidade para ser titular no Benfica.

Dizem uns que a quebra de rendimento da equipa do Benfica a meio da época passada coincidiu com a entrada de Weigl na equipa, outros como eu, acham que não foi mais que uma coincidência, pois numa equipa desorganizada e sem chama o último a poder ser responsabilizado seria o último jogador a entrar na equipa.

Mas vamos então ao jogo de Weigl e às suas análises.

Hoje as análises dos especialistas tendem cada vez mais a analisar um lance de 5 segundos, muitas vezes descontextualizado do jogo e a partir daí dizer-se que o jogador é ou não capaz de desempenhar uma tarefa.

Vou dar o exemplo do jogo do Benfica contra o PAOK, na pré eliminatória da Champions.

Weigl e Taarabt fizeram uma 1a parte TOP, recebi várias mensagens ao intervalo a elogiarem o jogo da dupla de médios do Benfica. Na 2a parte, a partir dos 60 minutos e com o Benfica a acusar um natural desgaste físico, veio ao de cima uma equipa mais desorganizada e como é normal os médios centro são sempre os que mais sofrem quando por exemplo uma equipa deixa de conseguir pressionar organizada.

O que fizeram os criticos, cortaram 2 ou 3 lances em que os médios não decidiram bem, e daí a serem médios sem qualidade para jogar no Benfica é um instante.

Tiveram em conta a organização da equipa ou falta dela? 

Tiveram em conta que os próprios jogadores estão cansados? 

Esse lance aos 5 minutos e aos 70 minutos pode ser analisado da mesma maneira?

Vou deixar a minha opinião sobre Julian Weigl. Com bola é simplesmente o melhor médio do Benfica. É o médio que mais sequência dá ao jogo da equipa, é o médio que deixa o colega que recebe a bola com mais condições de dar sequência à jogada com sucesso.

Não gosto e não percebo porque razão ele joga na linha de 3 em organização. Um médio com a qualidade de recepção e passe de Julian tem de jogar nas costas da primeira pressão adversária e ser ele a chamar a 2a linha de pressão, porque é nesta zona que se distinguem os médios de excepção, e Weigl é um médio de excpeção com bola.

Sem bola é onde sinto a maior fragilidade do Alemão mas onde uma boa organização e com algum trabalho individual pode também melhorar e "esconder" essa fragilidade. Não gosto de ver um médio sair a pressionar 3 vezes na mesma jogada e não roubar a bola ou não conseguir condicionar o adversário para a zona onde a equipa quer pressionar, como já vi várias vezes em Weigl  mas é aqui que quanto a mim Jorge Jesus entra. 

Acredito que com Jorge Jesus Weigl vai ter uma equipa organizada que vai ajudá-lo a esconder essa fragilidade e que vai usar o alemão para com bola dar uma dimensão diferente.



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